Capítulo 1

Um dia depois de Meg morrer, eu recebi esta mensagem:

Sinto informar que precisei dar fim à minha própria vida. Estou adiando esta decisão há muito tempo, e ela é minha e de mais ninguém. Sei que isso lhe causará sofrimento, e lamento que seja assim, mas saiba que eu precisava acabar com a minha dor. Não tem nada a ver com você, mas tudo a ver comigo. Não é culpa sua.
Meg

Ela enviou o e-mail para os pais e para mim. A polícia de Tacoma também o recebeu, junto com outra mensagem que os informava em que motel e em que quarto ela estava, que veneno tinha ingerido e pedia que seu corpo fosse manuseado com cuidado. No travesseiro do quarto, havia outro bilhete — instruindo a arrumadeira a chamar a polícia e não tocar no corpo — além de uma gorjeta de 50 dólares.
Ela programou o horário de envio dos e-mails, assim, quando nós os recebêssemos, já estaria morta havia bastante tempo.
É claro que eu não sabia de nada. Então, quando li o e-mail de minha amiga pela primeira vez na biblioteca pública da nossa cidade, achei que fosse algum tipo de brincadeira. Ou um golpe. Liguei para Meg. Como ela não atendeu, telefonei para os pais dela.
— Vocês receberam o e-mail de Meg?
— Que e-mail?

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