9

O último Espetáculo Funerário de Megan Luisa Garcia está ocorrendo em um pequeno promontório na área do estuário de Puget. Um guitarrista e um violinista tocam aquela canção de Joan Osborne, “Lumina”. Alguém lê umas palavras de Kahlil Gibran. Não há muita gente, talvez vinte pessoas, e todos estão usando roupas normais. O cara que está conduzindo a cerimônia é do centro de orientação psicológica do campus, mas, por sorte, ele não transforma a coisa toda em um serviço de utilidade pública sobre prevenção do suicídio, apontando os diversos sinais de alerta que todos nós obviamente ignoramos. Ele fala sobre como o desespero cresce em silêncio. Essa é uma das coisas que levam pessoas como Meg a fazer o que fizeram. E, depois de tudo, o desespero que ela deixou para trás deve ser respeitado e sentido, mesmo por aqueles que talvez nem a conhecessem.
Então ele olha para o grupo reunido ali e, embora não nos conheçamos, embora eu esteja sentada em um lugar mais afastado, ao lado de Alice, embora eu tenha aceitado vir à cerimônia a contragosto, só porque me senti mal por ter acusado Alice de ter colado a capa do disco na porta do quarto de Meg, os olhos dele param em mim.
— Sei que muitos de nós ainda estamos tentando entender o que aconteceu. O fato de que não conhecíamos Meg muito bem talvez torne o nosso fardo menos pesado, mas também torna mais difícil processarmos o ocorrido. Fui informado de que hoje temos uma grande amiga sua conosco, Cody, e imagino que ela também esteja lutando contra isso.
Lanço um olhar fulminante para Alice, porque é óbvio que foi ela quem me entregou, mas ela me encara com toda a calma.
O sujeito lá na frente continua:
— Cody, gostaria de convidá-la a compartilhar qualquer coisa que quiser sobre Meg. Ou dividir conosco como está sendo para você passar por tudo isto.
— Não vou lá para a frente — sussurro para Alice, entre os dentes cerrados.
Ela me fita com os olhos arregalados e inocentes.
— O que você me contou me ajudou muito. Achei que pudesse ajudar outras pessoas também. E a você mesma.
Agora, todos estão olhando para mim. Minha vontade é matar Alice, que está me empurrando para a frente.
— Conte para eles sobre aquela história da biblioteca, sobre como ela ajudou o irmão dela a comer melhor — sussurra Alice.
Mas, quando chego lá na frente, não saem histórias edificantes sobre bibliotecas, bandas de rock ou menininhos enjoados para comer.
— Vocês querem que eu conte algo a respeito de Meg?
É uma pergunta retórica e minha voz é puro sarcasmo, mas todos aqueles cordeiros inocentes assentem, me incentivando.
— Meg era minha melhor amiga e eu achei que nós fôssemos tudo uma para a outra. Achei que contássemos tudo uma para a outra. Mas, no fim das contas, eu não a conhecia nem um pouco. — Sinto o gosto de algo duro e metálico na boca. É horrível, mas eu o saboreio, da mesma maneira que você saboreia o próprio sangue quando tem um dente frouxo. — Não sabia nada da vida dela aqui. Não sabia das aulas dela. Dos seus colegas de república. Não sabia que ela havia adotado dois gatinhos doentes e cuidado deles até ficarem bons, só para deixá-los sem lar depois. Não sabia que ela saía à noite em Seattle e tinha amigos por lá, e se apaixonava por caras que a magoavam. Supostamente, eu era a melhor amiga dela, e não sabia nada disso, porque ela não me contou. Ela não me contou que achava a vida um sofrimento insuportável. Eu não fazia a menor ideia.
Deixo escapar uma espécie de risada, e sei que, se não tomar cuidado, o que pode vir em seguida é algo que não quero ouvir, que ninguém quer ouvir.
— Como você pode não saber uma coisa dessas sobre a sua melhor amiga? Mesmo que ela não lhe conte, como você pode não saber? Como pode acreditar que alguém é a pessoa mais bonita, incrível e simplesmente a criatura mais mágica que já conheceu, quando, no fim das contas, ela estava sofrendo tanto que precisou beber um veneno que rouba o oxigênio das células até o coração não ter outra escolha senão parar de bater? Então, por favor, não me perguntem sobre Meg. Porque eu não sei merda nenhuma sobre ela.
Alguém arqueja de espanto. Eu olho para a plateia, para todos eles, salpicados de sol. O dia está lindo, cheio da promessa da primavera: céu limpo, nuvens fofas, cheiro adocicado das primeiras flores trazido pela brisa. É injusto que haja dias como este. Que a primavera precise chegar. Parte de mim acha que o inverno deveria continuar este ano.
Vejo que algumas pessoas estão chorando. Eu as fiz chorar. Me tornei um veneno. Se me beber, você morre.
— Sinto muito — digo antes de sair correndo.
Deixo para trás o gramado, saindo do parque e indo em direção à avenida principal. Preciso partir. Ir embora de Tacoma. Sair do mundo de Meg.
Ouço passos atrás de mim. Deve ser Alice ou Richard Locão, mas não tenho nada para dizer a eles, então continuo correndo, mas quem quer que seja é mais rápido que eu.
Sinto a mão de alguém no ombro. Viro para trás. Desta vez, os olhos dele têm a cor do céu depois do pôr do sol, quase violeta. Nunca tinha visto os olhos de alguém mudarem de cor, como se estivessem em sintonia com o estado da alma. Se é que ele tem alma.
Olhamos um para o outro por alguns instantes, recuperando o fôlego.
— Posso lhe contar coisas. Se você quiser. — A voz dele tem aquele grunhido de antes, mas também demonstra hesitação.
— Não quero saber dessas coisas.
Ele balança a cabeça.
— Não, não isso. Mas posso lhe contar algumas coisas. Se você quiser. Sobre a vida dela aqui.
— Como você saberia? Se ela foi só uma trepada?
Ele faz um gesto com a cabeça, como se quisesse dizer que este não é o lugar.
— Vamos sair daqui e conversar.
— Por que você está aqui, afinal?
— A colega de república dela me deu o panfleto — diz ele, respondendo como ficou sabendo da cerimônia, mas não por que veio.
Ficamos parados.
— Venha. Vamos só conversar — insiste ele.
— Por quê? Você sabe por que ela se matou?
Ele se retrai. Como se sofresse o coice de uma arma. De novo. Como se tivesse sido puxado para trás. Só que, desta vez, a expressão no seu rosto não é de raiva.
— Não.
Andamos um bom pedaço até um McDonald’s. De repente, estou faminta, com fome de algo que não seja vegetariano, orgânico ou saudável, mas feito em meio à tristeza cotidiana.
Pedimos um trio de Quarteirão e levamos a comida até uma mesa sossegada ao lado do playground vazio.
Comemos em silêncio por algum tempo. Então Ben começa a falar. Ele me conta de quando Meg apareceu na cena das bandas indie, logo fazendo amizade com um monte de músicos da região, o que me soa bastante plausível. Conta como foi fácil para ela, uma universitária de 18 anos que veio do cu do mundo no leste de Washington, chegar e fazer todo mundo comer na sua mão, o que também é bastante plausível. A princípio, Ben sentiu inveja dela, porque, ao chegar ali dois anos atrás, de Bend, Oregon, foi bastante esnobado pela comunidade musical antes de ser aceito. Ele conta das falsas brigas que os dois costumavam ter sobre quem era o melhor baterista: Keith Moon ou John Bonham. Quem era o melhor guitarrista: Jimi Hendrix ou Ry Cooder. Quem compôs as canções mais grudentas de todos os tempos: Nirvana ou Rolling Stones. Ele conta de quando Meg adotou os gatinhos, depois de ouvi-los chorando numa caixa em uma caçamba de lixo perto do abrigo para moradores de rua no centro de Tacoma onde ela trabalhava algumas horas por semana. Meg levou-os ao veterinário e gastou centenas de dólares para eles recuperarem a saúde. Conta como ela pediu doações a alguns dos músicos mais bem-sucedidos da cidade para os tratamentos — mais uma vez, a cara de Meg — e como deu a eles fórmula para bebês com um conta-gotas, pois eram pequenos demais para comer comida de gato. De tudo o que ele me conta, é a imagem de Meg dando comida a dois gatinhos órfãos que me dá vontade de chorar.
Mas não choro.
— Por que você está me contando tudo isso? — Agora é minha voz que parece um grunhido.
O maço de cigarros de Ben está em cima da mesa, mas, em vez de fumar, ele fica acendendo e apagando o isqueiro, a chama sussurrante aparecendo e desaparecendo.
— Parecia que você precisava saber. — A maneira como ele diz isso soa como uma acusação.
— Por que você está me contando isso? — repito.
A chama ilumina os olhos de Ben por um instante. E consigo ver outra vez os vários tons de culpa ali. A culpa de Ben, como a minha, é tingida de uma fúria vermelha incandescente, mais quente do que o fogo com que ele está brincando.
— Ela me contou sobre você, sabia? — diz ele.
— Ah, é? Ela não me contou sobre você.
Isso é mentira, claro, mas não vou lhe dar a satisfação de saber que ela inclusive lhe dera um apelido. Até porque, no fim das contas, não era ele o amargurado.
— Ela me contou que, numa das casas em que você fazia faxina, um cara tentou apertar a sua bunda e você deu uma chave de braço tão forte que ele pediu arrego e ainda aumentou o valor da sua hora.
É, isso aconteceu comigo com o Sr. Purdue. Um aumento de 10 dólares por semana. Esse é o preço de uma apalpada indesejada na minha bunda.
— Ela chamava você de Buffy.
Mais do que a história com o Sr. Purdue, é isso que me faz ter certeza de que Meg contou para ele sobre mim. Buffy era como ela me chamava quando achava que eu tinha sido especialmente fodona, como Buffy Summers, a Caça-Vampiros. Meg dizia que era Willow, a parceira com poderes mágicos, mas estava enganada: ela era Buffy Willow, força e magia, tudo em um pacote só. Eu apenas pegava carona no brilho dela.
Não parece justo que ele saiba essas coisas sobre mim; é como se tivesse visto fotos constrangedoras de quando eu era bebê. Como se houvesse tido acesso a detalhes aos quais não tem direito.
— Ela lhe contou bastante coisa para uma garota que você comeu uma vez e descartou.
Ben parece magoado. Excelente ator, esse Ben McCallister.
— Nós éramos amigos.
— Não acho que amigos seja a palavra certa.
— Não — insiste ele. — Antes de tudo ir pro cacete, nós éramos amigos.
Os e-mails. As provocações inofensivas. A conversa sobre bandas de rock. A mudança repentina.
— Então o que aconteceu? — pergunto, embora já saiba.
Mesmo assim, fico chocada quando o ouço dizer da maneira como ele diz:
— Nós trepamos.
— Vocês dormiram juntos — corrijo. Porque pelo menos isso eu sei. Sei que Meg, depois do que aconteceu naquela outra vez, não teria transado com ninguém a não ser que gostasse da pessoa. — Meg não treparia com alguém.
— Bem, eu trepei com ela. E, quando você trepa com uma amiga, estraga tudo. — Ele acende o isqueiro e deixa a chama se apagar de novo. — Eu sabia que isso iria acontecer, mas fiz assim mesmo.
Agora que ele está sendo honesto, é ao mesmo tempo repulsivo e magnético, como um acidente de trânsito horrível que você não consegue deixar de esticar o pescoço para ver, mesmo sabendo que vai lhe dar pesadelos depois.
— Por que você fez isso se sabia que iria estragar tudo?
Ele suspira e balança a cabeça.
— Sabe como é, quando você está no clima, e tudo está acontecendo, e você não pensa no dia de amanhã.
Ben me encara, mas a questão é que eu não sei. Pode parecer chocante, mas a verdade é que ainda sou virgem. Quando você é criada para ser “lixo branco”, faz tudo o que pode para não cair na armadilha de engravidar. A maioria das vezes, parece inevitável de qualquer maneira. Mesmo assim, eu não precisava colocar mais um prego no meu caixão dando para algum mané da minha cidade.
Fico calada, olhando para o playground vazio.
— Só transamos uma vez, mas foi o suficiente. Depois disso, foi tudo por água abaixo.
— Quando?
— Não sei. Por volta do feriado de Ação de Graças. Por quê?
Faz sentido. O e-mail dela sobre “dar para o barman” foi logo antes do feriado. Mas e os gatinhos? Ela os encontrou após o recesso de inverno. E a história do Sr. Purdue apertando minha bunda aconteceu em fevereiro, algumas semanas antes de ela morrer.
— Mas, se vocês se desentenderam há tanto tempo, como sabe todas essas coisas recentes? Sobre os gatos? Sobre mim?
— Achei que você tivesse lido os e-mails.
— Só alguns.
Ele faz uma careta.
— Então você não leu todas as coisas que ela escreveu para mim?
— Não. E um monte de e-mails dela sumiu, tipo, entre janeiro e a semana antes de ela morrer.
Ben parece confuso.
— Você tem algum computador aqui?
— Podemos usar o de Meg. No quarto dela.
Ele fica calado, como se estivesse pensando no assunto. Então, amassa as embalagens vazias do nosso lanche.
— Vamos lá.
De volta ao quarto de Meg, Ben abre seu e-mail, faz uma busca pelo nome dela e uma tela inteira de mensagens aparece. Ele sai da cadeira e eu me sento em seu lugar. Repete vem saltitando pela porta aberta para arranhar as caixas de papelão.
Começo pelo início, pelos e-mails em que eles ainda estão flertando, todas aquelas mensagens sobre Keith Moon e Rolling Stones. Olho para Ben.
— Continue lendo — instrui ele.
Eu obedeço. Os flertes ficam mais intensos. Os e-mails, mais longos. E então eles transam.
É um divisor de águas. Depois disso, os e-mails de Ben ficam mais distantes e Meg parece meio desesperada. As mensagens dela ficam simplesmente esquisitas. Talvez se tivessem sido escritas para mim, não teriam parecido tão esquisitas assim. Mas são para Ben, um cara com quem transou uma vez. Ela escreveu páginas e páginas a respeito de si mesma, tudo sobre a vida dela, os gatos, eu; parece um diário muito detalhado. Quanto mais ele tentava afastá-la, mais ela escrevia. Mas não de um jeito totalmente sem noção. Estava claro que Meg sabia que aquilo tudo era estranho, porque terminava várias mensagens — que podiam chegar a oito ou dez páginas — precisando de algum tipo de reafirmação: Ainda somos amigos, não é? Como se estivesse pedindo permissão para continuar a lhe contar tudo aquilo. Fico constrangida ao ler as mensagens, e não só por mim, mas por ela também. É por isso que ela apagou as mensagens enviadas?
Ela continuou a enviar esses e-mails para Ben mais ou menos de dois em dois dias, durante várias semanas, e é impossível ler todos, não só por serem muito longos, mas porque estão me dando um nó no estômago. Meg faz referência a mensagens de texto que enviou e telefonemas que deu para ele. Quando pergunto a Ben com que frequência ela fazia isso, ele não me responde. E, então, vejo um dos seus últimos e-mails para ela: Arranje outra pessoa com quem conversar. E, logo depois desse e-mail: Você precisa me deixar em paz. Me lembro do último e-mail que Meg lhe enviou: Não precisa mais se preocupar comigo.
Preciso parar. Ben agora está olhando para mim com uma expressão que eu não gosto. Prefiro o babaca arrogante e afetado de algumas noites atrás. Porque quero odiar Ben McCallister. Não quero que ele me olhe com cara de coitado. Não quero que ele pareça vulnerável, quase carente, como se quisesse algum tipo de reafirmação. E com certeza não quero que ele tenha uma atitude generosa, como se oferecer para ficar com os gatinhos. E é o que ele faz.
Fico apenas olhando para ele. Como se perguntasse: Quem é você?
— Posso deixá-los com a minha mãe na próxima vez que for a Bend. A casa dela é praticamente um zoológico de qualquer maneira, então ela não vai se importar com mais dois gatos de rua.
— E até lá?
— Eu moro numa casa em Seattle. Tem um quintal, e o pessoal que mora comigo é vegano, defensores dos direitos dos animais, logo não podem se recusar, ou correm o risco de parecer hipócritas.
— Por que você faria isso?
Não sei por que estou questionando os motivos dele. Preciso encontrar um lar para os gatos; Ben é a única pessoa disposta a aceitá-los. Eu deveria calar a boca.
— Achei que tinha acabado de explicar. — O grunhido está de volta à sua voz, o que é um alívio.
Mas, pela maneira como Ben olha para tudo no quarto, menos para mim, acho que ele sabe que não explicou o porquê, não exatamente. E, pela maneira como estou olhando para tudo no quarto, menos para ele, sei que não preciso que ele explique.

° ° °

Na manhã seguinte, Ben passa para pegar os gatos quanto estou terminando de fechar as últimas caixas com fita adesiva. Coloco Grapette e Repete na caixa de transporte, junto todos os brinquedos dos bichanos e os entrego a ele.
— Para onde você está indo? — pergunta Ben.
— Para o correio, e depois para a rodoviária.
— Posso dar uma carona.
— Não precisa. Vou chamar um táxi.
Um dos gatos mia.
— Não seja boba: você teria que pagar dois táxis.
Fico com medo de Ben retirar sua oferta de adotar os gatos, e de ser esse o motivo para me oferecer carona, mas ele já começou a colocar as bolsas no porta-malas e os gatos na traseira. O carro está imundo, cheio de latinhas de Red Bull vazias, cheirando a cigarro. Um casaquinho com lantejoulas está embolado no banco de trás.
Harry Kang, o morador misterioso da república, nos ajuda a colocar as caixas no carro. Embora não tenhamos trocado duas palavras durante toda a minha estadia ali, ele agarra minha mão e pede:
— Por favor, diga à família de Meg que minha família tem orado por eles todos os dias. — Ele me encara fixamente por mais alguns instantes. — Vou pedir para eles orarem por você também.
E, ainda que as pessoas estejam me dizendo esse tipo de merda o tempo todo desde que Meg morreu, as palavras inesperadas de Harry me dão um nó na garganta.
Grapette e Repete miam durante todo o trajeto até o correio, e Ben fica com eles, esperando no carro, enquanto eu despacho as caixas. Então, ele me leva até a rodoviária a tempo de pegar o ônibus de uma da tarde. Chegarei em casa na hora da janta. Não que vá ter alguma janta à minha espera.
Os gatos continuam a miar o tempo todo e, pelo cheiro, quando chegamos à rodoviária, um deles já fez xixi. A essa altura, estou convencida de que ele vai me dizer que mudou de ideia, que se ofereceu para adotá-los só para se vingar do meu e-mail sobre a camisa.
Mas Ben não faz isso. Abro a porta do carro e ele apenas diz baixinho:
— Se cuida, Cody.
De repente, sinto vontade de levar os gatos comigo. A ideia de voltar para casa sozinha me deixa arrasada. Por mais que queira ficar a quilômetros de distância de Ben McCallister, agora que estou fazendo exatamente isso, percebo o alívio que é dividir este fardo com alguém.
— Obrigada. Você também. Tenha uma vida boa.
Não é bem isso que quero dizer; acabo soando petulante. Mas talvez isso seja o melhor que você pode desejar para alguém.

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